quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Livre-se da Ingratidão – Parte final

Livre-se da Ingratidão – Parte final
As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos”.
(Pv. 16;24)
 No artigo anterior vimos que a amargura é ocasionada por raízes de ingratidão e revolta. Vimos também que,
a partir de um prisma sistêmico, esse mal aflige todas as sociedades, e, é vetor de sérios conflitos entre os povos.
Numa visão menos abrangente, em nosso dia a dia, nos deparamos com pessoas, que, há anos convivem com a enfermidade. Pessoas amarguradas não costumam se associar às regras do comportamento vigente.
Insatisfação, queixas, indisciplina, isolamento, críticas, ciúmes e contendas estão na alma do ser ingrato. Vimos também, que, dificilmente o ser amargurado, enxerga as coisas boas da vida e, muito raramente dá ouvidos aos bons conselhos.
Na maioria dos casos, esse trauma pode ter nascido na fase infantil, seguindo-se pela fase adulta. Se não tratado corretamente pelas vias terapêuticas e espirituais, podem seguir a pessoa pelo resto da vida. É muito difícil alguém ingrato ter motivação e sensibilidade espiritual para louvar e adorar a Deus. A amargura não lhe ajuda.
Jesus Cristo, porém, ensinou que há um grande remédio para a cura completa das enfermidades da alma. E que essa cura pode vir através do perdão.

Certa vez Jesus foi questionado por Pedro, seu discípulo, quantas vezes deveríamos perdoar?... Sete vezes? (Mt. 18:21). Sua resposta matemática e bem didática foi “Não”, mas, perdoe setenta vezes o que a Lei diz. Perdoe mais do que as regras e paradigmas da sociedade. Perdoe mais do que a razão. Aquele discípulo havia entendido muito bem o seu mestre: “PERDOE SEMPRE”. SEJA LIVRE! FAÇA COM QUE OS OUTROS SEJAM LIVRES! SIGA EM PAZ.

Quando milícias do povo judeu esperavam que o Messias seria enviado para motivá-los a liderar uma revolução dos judeus contra o império opressor de Roma, a atitude de Jesus foi: AME.  Em outras palavras, perdoe.

Quando ultrajaram a Jesus, envergonhando-o diante de seu próprio povo e depois disso, o levaram à morte pela via mais dolorosa, a cruz, Ele disse: Pai, perdoe-os.
Para Jesus, não importava a situação, Ele já estava determinado, decidido a perdoar qualquer opressão emocional ou física.

Imagino eu, em minha modesta ilustração, que se Jesus estivesse andando aqui pelo Brasil, ensinando e curando a todos, e, se fosse eu ao seu encontro para ajuizá-lo contra algum irmão lá do passado ou do presente, apresentando a ele atos de injustiça contra mim, talvez querendo ouvir de Sua boca algo egoísta a meu favor, de certo que ouviria isso: “Filho, perdoe e segue teu caminho em paz”.

Jesus nos avisou que no mundo teríamos aflições para lutar contra elas. E, nos confortou com o seu exemplo de vitória.

No mundo tereis aflições,
mas credes em mim, eu venci o mundo”
(Jo. 16:36)


Como ser curado da ingratidão e amargura através do perdão.

Perdoar é uma decisão. Jesus foi o maior exemplo dessa decisão.
Quando não perdoamos alguém, armamos uma prisão para nós e lá ficamos presos com o outro.
Quem não perdoa não tem paz.
Quem não perdoa atrai para si, enfermidades físicas e espirituais.
Quem não perdoa alimenta e multiplica raiva, ódio, ressentimento, ira, rancor, ingratidão e amargura. CONTUDO, DECIDA AINDA HOJE MESMO A SER LIVRE EM NOME DE JESUS!
O ser ingrato, quando confrontado sobre o problema, costuma usar sua grande arma de defesa: o ataque brutal para confundir o foco do assunto. As palavras agressivas tem a função de alimentar o egoísmo de quem agride e eliminar a honra de quem é agredido.


Irai-vos e não pequeis; 
não se ponha o sol sobre a vossa ira!
 (Ef. 4:26)




Profundas feridas na alma, infligidas no passado, particularmente na área das emoções, podem produzir agressividade, medo, fuga, passividade, isolamento, desconfiança, insegurança, ausência, depressão e amargura. O sentimento de rejeição também é muito presente na vida de uma pessoa amargurada. No final, quando ouvimos ou tratamos de pessoas feridas, diagnosticamos quase sempre que aquilo que mais gera amargura na vida da pessoa é a falta de perdão.

De todas as feridas, além de atitudes e as agressões físicas aquelas que mais magoam mesmo podem vir da boca de quem agride. As palavras machucam mais profundamente do que se possa imaginar. Muito raramente ouvimos que as pessoas estão se sentido mal por causa de alguém que pisou no seu pé. Mas, é recorrente a gente ver alguém truncado, amarrado, isolado e magoado quando sofreu a desonra de língua de alguém. Aqui o perdão é mais difícil, mas não impossível.


Pois toda a espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano;
a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar;
é mal contido, carregado de veneno mortífero.
Com ela bendizemos ao Senhor e Pai, com ela, amaldiçoamos os homens feitos á semelhança de Deus”.

 Que a nossa língua seja uma fonte de água doce em nome de Jesus!
O Apóstolo Paulo nos ensina novamente que antes que o dia escureça devemos usar do perdão. Isso é sinônimo de liberdade intensa e amor profundo: viver um estilo da vida de Cristo. Uma vida mais profunda.     

No reino espiritual, satanás utiliza a ferramenta da inveja, da contenda e do rancor para desaproximar, principalmente, os entes mais próximos, os mais queridos, os mais amados com a finalidade de causar aquelas enfermidades angustiantes da alma.

A Bíblia nos ensina a ir até o próximo e acertar com ele as pendências traumáticas da alma. (Mt. 18:15-35).

Seja um distribuidor da graça de Deus. Perdoe e seja uma bênção! Perdoar deve ser uma prioridade na vida de um cristão!

Semeie perdão em seu lar. Multiplique bênçãos de doçura em sua família!              

Ofereça Perdão, cure e seja curado

Muitos pais violentaram e/ou ainda violentam os seus filhos em suas emoções. Até fisicamente, praticaram ou praticam horrores, talvez somente para fazer a sua razão.  Contudo, nunca pediram perdão aos seus filhos pelo exagero de má conduta emocional. Isso não é vergonha alguma. É, sim, questão de humildade e ensino. Pedir perdão aos filhos por haver, os pais, causado alguma desonra em suas emoções, é algo sublime perante Deus e a sociedade. Filhos honrados serão adultos curados.

Muitos casais resolveram optar definitivamente por um divórcio para tentar solucionar os problemas da alma, porém, talvez isso tenha sido apenas um remédio para alívio da dor. Contudo, a ferida pela falta de perdão pode permanecer até o fim da vida.

Guerras mundiais aconteceram por causa da intolerância de qualquer natureza. E, conflitos civis ainda acontecem em vários países do mundo alimentando vontades. Mas, a inspiração maior de todo guerra é a fúria daqueles que são capazes de matar milhares de vida para satisfazer seu egoísmo na tentativa de demonstrar quem tem a razão. Aqui só uma coisa não está presente: o caminho do perdão.

A falta de perdão é uma ferida que precisa ser curada plenamente e imediatamente!

Para sermos curados, nós devemos buscar um tratamento especial.

Sou particularmente apaixonado pelo Salmo 23. O verso 13 em especial diz: “refrigera-me a alma”...
Davi poderia ter mencionado sua saúde física nesse salmo, mas preferiu deixar um legado sobre a alma. Qual o segredo da felicidade de Davi? Que remédio ele acreditava usar que fosse tão poderoso e eficaz para vencer os seus medos e inquietudes? Quem era o seu consolo? Seu médico da alma? Respondo: O Pastor dele. O nosso SENHOR Todo-Poderoso, O SENHOR da medicina.

Que bom termos a certeza de que há um Médico dos médicos pronto para apresentar seu remédio milagroso e sobrenatural para todas as mazelas da nossa alma.

Nesse mesmo momento, o segredo para a cura desses traumas está no amor de Jesus e na pessoa consoladora do Espírito Santo.

Quando lemos o livro de Isaías, capítulo 53 e compreendemos e aceitamos o valor e riqueza daquela receita, descobrimos algo profundamente maravilhoso para a libertação total das enfermidades:

2 
“Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.
3 

Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
4 

Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
5 

Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
6 

Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.
7 

Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
8 

Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido.
9 

E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca.
10 

Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
11 

Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si.
12 

Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores”.


Viram? Jesus foi ferido em nosso lugar;
Jesus foi traído por um amigo íntimo;
Jesus foi rejeitado;
Jesus foi acusado;
Ele foi odiado;
Foi ultrajado;
Mas, Jesus Perdoou e venceu!!!

Jesus experimentou essas feridas por todos nós. Aliás, ele já levou isso tudo embora Nele! Ninguém precisa mais desses males. Você precisa? Claro que não!

Jesus decidiu (por obediência ao Pai) dar a sua vida para nos salvar da condenação eterna. Aquelas feridas que ele levara serviram para a cura total e absoluta da humanidade. De nada Ele se queixava e a todos perdoava.

JESUS É SUBSTITUTO PARA AS FERIDAS QUE AFLIGE A SUA ALMA. 
DECIDA ENTREGAR TUDO A ELE!
ELE ALIVIA, SARA, CURA, MODIFICA, MOLDA, TRANSFORMA, LAPIDA, 
TRATA E CUIDA MUITO BEM DE VOCÊ!

ELE É, E, SEMPRE SERÁ A ÚNICA PESSOA  QUE NUNCA, JAMAIS DECEPCIONARÁ VOCÊ!
OLHE SOMENTE PARA O EXEMPLO DELE. 
TOME A SUA CRUZ E SIGA-O!                        

Hoje é um dia muito especial. Um dia de novas descobertas. Descobertas de pleno antídoto para o alívio total e para sempre da dor de qualquer trauma de nossa alma, da alma de nosso próximo, de nossa família, de nosso lar. Ei-lO aqui: Jesus, o humilde, mas maravilhoso SENHOR da saúde! Cabe a nós agora decidir por segui-lO ou ignorá-lO.

Hoje é um dia de profunda decisão em nossas vidas! Não tenha mais dúvidas disso! Decida humilhar-se Perante Ele! O que Jesus ensinou foi amor, compaixão e humildade.

Ele se manifestou para os doentes porque os sãos não precisam de cura e, sim, os doentes.

Portanto diz: Deus resiste aos soberbos,
mas dá graça aos humildes
(Tiago 4:6)


As escolhas fazem parte de nossa vida aqui na terra. Isso está sempre diante de nós: mal ou bem; amargo ou doce; bênção ou maldição; morte ou vida... Escolhe, pois, a Vida (JESUS) para que vivas!

Tenha uma vida de muita doçura. Uma vida repleta de sabor de mel e seja muito feliz!!! 



As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos”.(Pv. 16;24)


Até uma próxima!
Pr. Claudinho
claudinho.adore@hotmail.com

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Livre-se da Ingratidão - Parte I

Livre-se da Ingratidão – Parte I

"Por que, pois se queixa o homem vivente?
Queixe-se cada um de seus próprios pecados".(Lm. 3:39)

                                                       

Nesses 30 anos de estudos do evangelho e observação do comportamento humano, tenho visto que a ingratidão é uma doença emocional crônica que causa a cegueira da alma.

A ingratidão não é de natureza abstrata, mas sim, concreta e decorre de fatos do cotidiano, postos em confronto com as regras de comportamento vigentes em determinado meio social.

O coração ingrato vive se queixando... Seja dele mesmo, seja dos outros, seja da vida, seja da morte, seja de nada, seja de tudo...  A queixa é o seu combustível para pecar. Dizem os mais diversos especialistas que a ingratidão leva a amargura.

A ingratidão aprisiona a alma e cega o conceito absoluto de que Deus é BOM!!! Essa mazela é de fato um grande vetor para vários conflitos existentes na face da terra!  O homem ingrato procura ou cria pretextos para a guerra!
O homem amargo não vê as coisas boas como bênçãos. Tudo que o ingrato consegue enxergar, seja de muito longe, seja de muito perto, é o erro, a falha, o mal, enfim.  Os olhos de sua alma não estão preparados para as boas qualidades da vida.
A Bíblia diz que toda terra está cheia da glória de Deus! Mas, o coração ingrato, questionador, crítico e pecador, pergunta: “que Bíblia?” "que terra?" "que glória? " que Deus? etc.

O homem ingrato não concorda com nada e discorda de tudo. O sol não é bom, mas a chuva é ruim... o frio incomoda, mas o calor não é bem vindo... o lugar até  que é lindo, mas é muito longe,  viajar é bom, mas só se for de avião,  a viagem foi boa, mas o lanche...

E mais: “O culto demorou muito!!, “Essa música de novo? “Essa pregação não é pra mim!” “Sei cantar bem melhor do que ela!” “Prefiro o outro cantor “ ou “ Prefiro o outro pastor!”... etc.
As queixas parecem ser eternas... 

"Contudo, de que, pois, se queixa a alma vivente? Queixe-se cada um de seus próprios pecados". (Lm. 3:39).

O único homem que poderia ter realmente se queixado não o fez, mas isso em detrimento do amor. JESUS ao sofrer por nós nada questionou para cumprir a sua missão. Ninguém teve maior amor do que Ele. Dar a própria vida por amor a nós!

Outro homem vivente que esteve entre nós, também poderia ter levado uma vida de ingratidão e total amargura para o resto da vida:  Jó.

Quando Jó estava quase no fim, Deus se revelou a ele com profunda misericórdia, e disse:  - “Onde você estava quando lançava EU os fundamentos da terra?”

Quando Jó lembrou-se de sua condição pecadora e mortal, se humilhou e respondeu a Deus: 
·         - “Amado, antes te conhecia só de ouvir falar, mas agora os meus olhos te vêem!!!!!

Quando "enxergamos" a manifestação da Glória do SENHOR, os olhos de nossa alma passam a ser curados; a alegria vem, e, com ela demais motivos para apresentar a nossa dança de louvor ao SENHOR das artes, Àquele que tudo criou para o louvor da sua Glória (Sl. 150).

Davi, homem segundo o coração de Deus, com instrumentos de cordas e cânticos espirituais, acalmava o espírito amargo de Saul. Tudo que aprendemos com Davi, foi dependência Divina. Ainda que tocasse a harpa para acalmar ao Rei, sua vida corria risco iminente.  Uma possível alteração de humor daquele comportamento ingrato, explosivo, egoísta e malicioso de Saul poderia deixar Davi com sérios problemas.

Davi era chamado várias vezes para tocar seu instrumento de cura, tantos eram os momentos de amargura e aflição na vida do Rei.  Parte da história de Saul foi escrita por ingratidão, amargura, inveja, rebeldia e desejo de vingança. Em vez de agradecer, o Rei passou a odiar a Davi.

E você? Como gostaria de escrever a sua história? Uma história de bênção ou uma história de maldição? Se você fez a escolha certa, então, humilhe-se para receber a cura da enfermidade de sua alma! Um coração ingrato atrai amargura. DIGA NÃO À AMARGURA AINDA HOJE MESMO!!.

Ingratidão e Amargura são males às vezes insensíveis e invisíveis para aqueles que disso desfrutam. As pessoas amargas são infelizes, e, desejam que o meio em que vivem as agradem de forma total e particular.
As pessoas ingratas semeiam ingratidão e contagiam os bons frutos que estão numa mesma cesta. Esse egoísmo, às vezes até mesmo voluntário, é caraterístico de quem não vive feliz.

Desde os meus doze anos de idade, quando fui chamado para o evangelho, levo uma vida missionária. Íamos de casa em casa, de cidade em cidade no interior da Amazônia.  Minha família, de origem  humilde, não tínhamos o dinheiro suficiente para comprar uma Bíblia, Mas, logo, logo ganhei de presente um Novo Testamento. As cartas de Paulo eram as mais lidas, estudadas e ensinadas.
Aos catorze anos tive uma surpresa ainda maior que a primeira: ganhei uma flauta transversa e um curso de música no seminário teológico daquela Missão Cristã. Logo aprendi a tocar, cantar e a pregar para pequenos grupos.
Fui discipulado por um grupo de missionários batistas norte americanos que tinha em suas veias a corrente sanguínea do evangelismo clássico nas ruas, praças, casas e avenidas.  Usavam a música e filmes para ensinar crianças e jovens. Eles sabiam muito bem em que geração investir mais forças.
Nas casas, orávamos por pais e avós...  Acima das metas e das apresentações artísticas, a regra era AMAR, AMAR e AMAR.  Ali aprendi a ouvir os anseios das pessoas e aprendi a orar por seus problemas familiares. Vi muitas vidas querendo profundamente uma transformação. Mas, vi também muitas pessoas esnobando do evangelho e expulsando-nos de suas casas. Na alma desse último grupo havia ingratidão, amarguras, feridas e demais males associados à falta de amor e perdão.

Você já observou que as pessoas ingratas não se relacionam corretamente? Dificilmente a gente ver o sorriso do amargo. Pessoas com essa enfermidade, raramente são prestativas ou solícitas. Geralmente as pessoas feridas não gostam de servir, ajudar ou prestar socorro em auxílio ao próximo ou à sociedade.

Já ouviu sempre alguém dizer que não gosta ou não concorda com isso ou com aquilo, que não é assim, que isso não vai dar certo? Que o chefe é incompetente, que o professor não presta, que o síndico é ruim, que o governo não funciona, que a igreja não é boa, que a liderança é ruim, etc...  Já viu alguém na igreja nunca sentar ao seu lado ou nunca cumprimenta-lo? Já viu alguém dizer que não fala com aquela pessoa porque não gosta da doutrina que ela vive e prega?...  Você já percebeu que as pessoas amargas costumam ser exageradamente críticas e arrogantes? Pois é...  Que linguagem será essa?

A pessoa ingrata não curte as coisas boas do Reino dos Céus, mas aqui no Brasil, por exemplo, curte muito bem um reino de MMA ou um reino de BBB!! Sabe qual a razão?  Sentimentos de solidão, inveja, egoísmo, ciúmes, inimizades, porfias, iras, discórdias, dissenções, facções, além de outros frutos da carne que os atraem.

Infelizmente, nesse mesmo momento em que você está lendo isso com mansidão e carinho, existe por ai uma alma impura e maliciosa lendo cada letra desse texto em busca de falhas para rir, criticar e refutar em vez de aprender. Os frutos da carne lhes cegam a nobreza.
MAS, NÃO SE ENGANE. DEVEMOS AMAR A TODAS AS PESSOAS, SEM FAZER EXCLUSÕES.
A Bíblia diz que os frutos do Espírito são amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Isso é espontâneo, livre e agradável aos olhos do SENHOR. (Gal. 5:22).

“Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito.
Não nos deixemos possuir de vanglória, provocando uns aos outros, tendo inveja uns dos outros”
(Gal. 5:25-26).


Origem da Amargura
  A amargura, que tem início com pequenas feridas da alma, se não tratada em tempo, inflama, infecciona e destrói profundamente as emoções. Esse mal é corrosivo a tal ponto de poder gerar, num adulto, enfermidades físicas como um câncer inexplicado.   

Quase todas as feridas da alma têm suas origens muito cedo, lá na infância. Uma criança que nunca ouviu um “muito obrigado” dos pais em sua casa, dificilmente vai ser grata dentro de casa ou em outro ambiente.  Uma criança ‘educada’ a gritos como "você não presta para nada!", intimidadas moralmente com dedos no nariz ou violentadas fisicamente com socos e pontapés, dentre outras feridas no corpo e na alma etc, certamente terá feridas profundas em suas emoções. O desrespeito e a desonra de seus pais, tios ou avós lhe causarão problemas muitas vezes irreversíveis.  

Crianças traumatizadas serão adultos doentes que gerarão novas crianças doentes, que crescerão com aquela mesma educação febril e traumática do passado, caso não haja uma intervenção terapêutica e divina para a cura total da alma.

Quando alguém é ferido nas suas emoções, seu corpo físico cresce, mas sua alma continua adolescente. Quando o filho não é preparado para amadurecer, suas emoções infantis permeiam toda a sua fase adulta. (aguarde o artigo sobre bênção e maldição).

Outro dia, lendo um livro de Craig Hill, descobri que a maioria dos presidiários norte americanos vive em prisões triplas: físicas, emocionais e também espirituaisNuma pesquisa de campo, realizado por uma TV local, foi revelado que a maioria dos presos adultos odiava seu pai ou sua mãe. Que, suas inclinações para a violência como homicídios e suicídios se davam por causa de desejos de vinganças da vida que levaram na infância.

Algumas semanas atrás eu parei numa escola para encontrar minha filha. Enquanto aguardava, vi dois mendigos que pareciam estar com muita ansiedade e muita fome. Um deles pedia desesperadamente, outro apenas olhava as pessoas. Esse último passou a chamar bastante a minha atenção... Aquilo me partiu o coração... Seus olhos falavam mais alto que seus gestos... Havia tanta insensibilidade das pessoas que passavam ali, que parecia que o homem já havia desistido totalmente de continuar sua empreitada de fé com a voz e mãos: conseguir algo para comer. 

Foi então que resolvi interferir naquela história. Aquele momento não era hora de exortá-los sobre em que lugar eles estavam, nem sobre suas condições de viver na rua em vez de procurar alguma renda. Aquela era a hora de uma boa refeição. 
Sem nada falar, entreguei algo àqueles dois homens que os deixaram de olhos brilhantes e deveras surpresos. Sem que os mesmos também respondessem algo, imediatamente e desesperadamente passaram a comer aquela refeição, que, parecia ser algo mais precioso daquele dia para eles.

Resolvi sentar ao lado deles. Enquanto eu os observava e aguardava em silêncio, um deles resolveu me dizer o que estava pensando, demonstrando que deveria dar alguma palavra a mim:
 – Sabe por que  eu estou aqui nessa condição?  –  Disse o homem.

Continuei em silêncio, olhando em seus olhos, querendo saber, meneando a cabeça...  Ele continuou:
 – Muita amargura em meu coração. Odeio minha família. Não volto mais para lá!

A fala continuou durante alguns minutos, enquanto eles comiam. Ao me despedir, disse a ele:
- Não abra mão de sua refeição diária. Ela vai lhe dar força para repensar e tomar as decisões certas aqui na rua...

Na verdade, eu repensei naquela frase durante dias...  Bem que eu poderia ter dito àquele pobre homem algo mais precioso ainda: “perdoe”. Mas, eu perdi uma grande chance de dizê-lo.  Espero em Cristo que aquele homem tenha ouvido ao menos aquela minha última frase...

Uma coisa eu aprendi ali: tanto o mendigo, assim como a sua família, estavam presos numa cadeia de amargura que conhecemos como “a falta de perdão”.   

*A falta de perdão aprisiona tanto a quem não perdoa quanto a quem agrediu. Quando, porém, perdoamos, somos livres para viver uma vida feliz!... Viver feliz ou viver infeliz depende de nossas escolhas... Mas,  isso será aprofundado no próximo artigo. E, foi aí, que Deus me levou a preparar um seminário chamado 70x7.
  Até a próxima!

                                                                                                  Continua...


* Pr. Claudinho, ministrou parte deste estudo no Congresso de Danças "Expressar a Adoração, no Ministério Vida com Cristo, Betim MG. 
Convide essa conferência para a sua igreja também!... Se desejar, você também pode escrever para Pr. Claudinho, dirimindo dúvidas e/ou orando sobre esse tema tão edificante! Email:: claudinho.adore@hotmail.com