segunda-feira, 23 de julho de 2012



O PERDÃO NA FAMÍLIA
Estudo ministrado pelo Pr Josias Moura no culto de doutrina da Igreja Missionária Betel Geisel


                                                                                              LUCAS 15.11-32

Como cristãos, cremos que Deus criou a família e a fez para que seja um refúgio de paz, alegria e equilíbrio em meio à angustia, desesperança e confusão da sociedade em que vivemos.

Entretanto, há várias ameaças que colocam em risco a harmonia da família. É importante meditar no ensino bíblico a respeito do perdão na família; mais importante ainda é viver este ensino.

Muitas vezes acontece, lamentavelmente, de famílias experimentarem brigas e desentendimentos. São conflitos que surgem entre esposo e esposa, pais e filhos, ir­mãos entre si, que, se não forem tratados a tempo, resultarão em rompimento de relacionamentos, mágoas, frustrações, enfim, fatores que podem destruir uma famí­lia. São muitos os casais que se divorciam, irmãos que não se falam, porque surgiram problemas que não foram solucionados.

A solução é o perdão verdadeiro.

Este assunto é de fácil compreensão, mas de difícil execução. Entretanto, pela graça de Deus, vamos não apenas aprender o que a Bíblia diz sobre isso, mas vamos viver este perdão. Para isso, vamos estudar a conhecida parábola do “Filho Pródigo”.

LIÇÕES PRÁTICAS

1. O PERDÃO É UMA NECESSIDADE NO RELACIONAMENTO FAMILIAR

Não é novidade para ninguém que toda família tem problemas. A família da parábo­la contada pelo Senhor não é exceção à regra, e enfrentou problemas seríssimos. Estes problemas foram provocados pelo filho mais novo, que exigiu de seu pai a sua parte nos bens. É interessante observar que o rapaz pediu o que era realmente seu, porém, ele só teria plenos direitos àqueles bens depois da morte de seu pai. O que aquele rapaz come­teu foi uma ofensa terrível, quase imperdoável, tanto naqueles dias como hoje. Na prá­tica aquele jovem insensato estava dizendo que a vida de seu pai valia menos que riquezas e bens materiais. Esta atitude irrefletida do moço provocou decerto profunda mágoa no coração de seu pai; provocou também grande amargura no coração do irmão mais velho. E, com certeza, ele mesmo ficou frustrado e decepcionado, após ver que o dinheiro não lhe deu a felicidade sonhada e desejada. Devido a um ato impensado, muito sofrimento sobreveio àquelas três vidas. Só uma coisa poderia resolver tão graves pro­blemas: O PERDÃO. Com o perdão a paz voltaria aos corações tristes e angustiados; com o perdão, o que todos os membros daquela família mais desejavam seria obtido. Pois, o que toda família quer é viver em harmonia. Se qualquer fator põe em risco este equilíbrio, o perdão precisa ser exercitado para que a harmonia volte a reinar no lar.

Por mais graves que possam ser os pecados que os membros da família cometem uns contra os outros, o perdão continua a ser uma necessidade e, enquanto esta necessidade não for satisfeita, a situação dos envolvidos só irá piorar. A passagem do tempo não é capaz de resolver muitos problemas que surgem entre parentes – só o perdão é capaz de fazê-lo. Pedir, dar e aceitar o perdão é uma necessidade vital para a saúde emocional, espiritual (e até física) de qualquer família, seja da Palestina dos dias de Jesus ou do Brasil do nosso tempo.

2. O PERDÃO PRODUZ RESTAURAÇÃO NO RELACIONAMENTO FAMILIAR.

Além de ser uma necessidade que precisa ser satisfeita, o perdão produz restaura­ção. Foi o que aconteceu na família retratada no texto básico: a recepção festiva dada pelo pai ao filho mais moço que voltou para casa, indicava claramente que houve perdão; e com o perdão, o ex-guardador de porcos foi restaurado à sua posição de filho. Ele queria ser recebido como um simples empregado, mas a restauração foi completa: seu pai o honrou, dando-lhe um anel, símbolo de sua posição.

Sempre que há a prática do perdão, maravilhas acontecem; relacionamentos inter-pessoais rompidos são restaurados; consciências que se tomaram enfermas pelo peso de pecados cometidos, são curadas; crises sérias são solucionadas quando há perdão. Isto tudo porque o perdão dá a possibilidade de um novo começo, uma nova chance a quem errou. Este perdão é dado porque foi recebido de Deus (Cl 3.13). Meditando sobre este assunto, alguém disse que, “perdoar é considerar o outro como se ele não nos tivesse ofendido em nada”.

A restauração produzida pelo perdão se dá em vários níveis: em nível horizontal, no relacionamento da pessoa ofendida com quem a ofendeu (e vice-versa); em nível vertical, no relacionamento com Deus; e até em um nível interior, no relacionamento da pessoa consigo mesma. A convivência familiar é altamente sujeita a problemas graves de relacionamento; entretanto, se o perdão for pedido e for dado, haverá res­tauração, paz, equilíbrio e cura de memórias feridas.

3. O PERDÃO É UM DESAFIO AO RELACIONAMENTO FAMILIAR.

O perdão cura, abençôa e restaura. Sendo assim, era de se esperar que este assunto (perdão nos relacionamentos em geral, mas especificamente em um contexto de família) fosse mais vivido e executado no dia-a-dia dos crentes. Entretanto, não é isso que se vê: geralmente, há uma resistência quanto a dar e pedir perdão. Isto porque o perdão é um desafio. A cada vez que nos encontramos em uma situação que exige perdão, somos desafiados: perdoaremos ou não? Pediremos perdão ou não? A tendência natural das pessoas é, devido ao orgulho, não conceder nem pedir perdão; mesmo os crentes, enfren­tam dificuldade em relação a tão importante questão. Neste caso, aplica-se o que disse o Apóstolo Paulo aos crentes gaiatas: “porque a carne milha contra o Espírito, e o Espírito contra a carne, porque são opostos entre si…” (Gl 5.17).

No texto básico, pode-se observar que a parábola não foi concluída por Jesus – não se sabe o que aconteceu com o filho mais velho, que tão indignado ficou com o perdão dado pelo pai ao irmão mais novo e que nem entrou em casa (v.28): ele perdoou seu irmão? Reconciliou-se com ele? Ou permaneceu irredutível em sua recusa de perdoar? Lucas não nos conta o fim da parábola de propósito, pois cada ouvinte e cada leitor do Evangelho a terminará com sua própria vida, perdoando ou recusando-se a perdoar.

O perdão é sempre um desafio seríssimo, que deve ser enfrentado com oração e humildade cristãs. E é na vida em família que este desafio se faz mais necessário. Vamos recordar que este desafio é constante para o cristão, isto é, não há limite para o perdão que deve ser dado. Jesus disse que devemos perdoar não apenas até sete vezes, mas até setenta vezes sete (Mt 18.21, 22).

DISCUSSÃO

1. O que dificulta a prática do perdão na família?

2. Você acha que em casos de traição conjugal, rejeição de filhos, incestos, etc, é possível a aplicação do perdão? Comente com o grupo.

3. “Eu perdôo mas não esqueço” – esta afirmação é biblicamente correta? Justifi­que sua resposta.


A FORÇA DO PERDÃO

A falta de perdão dá ao inimigo uma reivindicação legal e ele entra a fim de oprimir e atormentar.

Amargura, que é o resultado da falta de perdão, 
é o terreno para a semeadura de toda a obra do maligno.
Satanás não respeita o crente que vive com mágoa 
e falta de perdão. 
Há uma força tremenda no perdão.

O perdão é o caminho para a libertação da amargura, 
da mágoa e da ferida.

Pelo perdão abrimos o caminho para Deus trazerà nossa alma a cura e restauração. Logo, vamos tomar uma decisão de entrar nopassado e perdoar todos quantos nos feriram;liberaremos a pessoa antes que o diabo tome proveitodaquela atitude, daquela palavra, daquelacircunstância, para nos destruir.
Andar em perdão é andar em vitória.
Quando você liberta os que o ofenderam, oprimeiro a experimentar libertação é você mesmo.Lucas 6.37-38 –
“ Não julgueis e não sereis julgados;não condeneis e não sereis condenados; perdoai e

sereis perdoados. Daí e ser-vos-á dado; boa medida,recalcada, sacudida e transbordante vos deitarão noregaço; porque com a mesma medida com que medis,vos medirão a vós.”
Declare:
Eu vou me levantar e reinar no meio dos meusadversários. Não permitirei que o espírito deamargura me domine. Eu tenho autoridade do Nomede Jesus e vou usá-La para expulsar todo intruso edeixar que a Palavra de Deus entre e me purifique detoda a contaminação desses intrusos na minha alma.E a partir daí vou encarnar a Palavra de Deus até queas feridas do diabo não consigam mais entrar dentrode mim. Determino seguir o caminho do perdão, aqualquer preço.
DEFINIÇÃOPERDÃO
Aphiemi (grego) = Perdão de dívidas Mt 6.12Perdão de pecados Mt 9.2,5,6Libertação, deixar ir, mandarembora.Charizomai (grego)=Atribui um favorincondicionalmenteAto de perdão divino e humano Ef 4.32Lc 7.42-43Apoluo = Libertar ou liberar – Lc 13.12, Mt18.27

PERDÃO PORTANTO É:Deixar livreSoltarLiberarDespedirMandar emboraAtribuir favor incondicional aquele que nos feriu
A FALTA DE PERDÃO PRENDE AOPASSADO
Quem não perdoa é prisioneiro do seu passado eperdeu a capacidade de viver no presente.A pessoa encara o presente com os olhos do passado.A amargura do passado flui nos relacionamentospresentes.O problema não é o incidente do momento, e simum coração amargo, que traz o passado para agora,quando sérios problemas nos relacionamentos dopresente.
Quem não perdoa é prisioneiro das pessoas dopassado. João 20.22-23Olhemos para Jesus na cruz: odiado, rejeitado,espezinhado, ferido, mas ainda assim soltou os seusalgozes ao dizer: “
Pai perdoa-lhes não sabem o quefazem.” Lucas 23.34.
O mesmo fez Estevão ao orar. At 7.60Exemplo:


PERDÃO NÃO É SENTIMENTO É DECISÃO DA VONTADEÉ um ato de obediência a Deus. Você decide perdoar.O sentimento virá depois. Não é o que você sente quedetermina sua ação, mas o que você decide, e quandovocê entra em ação, o poder de Deus irá em suaassistência.
ORAÇÃO
Pai, sei que me amas e me exponho a Ti, para que Teuamor, derramado pelo Teu Espírito em meu coração,inunde o meu ser inteiro e eu possa agora liberar todos quanto no passado e no presente foraminstrumentos de feridas na minha alma. Sei que asque mais me feriram são exatamente as que maisamo, e reconheço que era Satanás quem estava por trás delas, com o intuito de destruir a minha vida. Agora eu declaro diante de de ti, ó Pai: eusolto_________(diga o nome da pessoa), com a forçaque me deste e libero o perdão e amor que de Tirecebo, em nome de Jesus. Solto meu pai, minha mãe,meus professores, parentes, colegas, vizinhos,todos._______ (vá citando os nomes um a um), vai em paz! Eu te perdôo e te amo com o amor de Jesus. A prisão da mágoa está agora desfeita, no nome de Jesus! Sou filho de Deus e sou perdoador. Jesus, tomaste o meu lugar e foste ferido,rejeitado, traído, esquecido, por mim, para que pelasTuas feridas eu seja sarado. Vejo-te na cruz sofrendo,e ainda assim bradando com toda ternura: “pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem!” Portanto, eu assumo agora o meu papel de filho deDeus e Teu servo e, com a graça que procede de Ti

 para mim, eu digo: Pai Celeste, perdoa_______ (cite osnomes), porque ele(a) não sabia o que estavafazendo. Não lhe imputes este pecado. Perdoa-o,como eu mesmo o tenho perdoado!Meu Deus, bem sei que o perdão não depende deum sentimento, mas de uma decisão da minhavontade; portanto, eu decido agora perdoar a todosaqueles que me feriram ou me estão ferindo. TeuEspírito está derramando do Teu amor em meucoração e eu libero para meus ofensores. Sei que oamor não é um sentimento da alma, mas uma virtudede um espírito recriado pela Tua semente Divina. Nãoimporta o que eu sinta agora, decido perdoar e amar a todos, em nome de Jesus.Pai, sei que guardei estas mágoas,ressentimentos e feridas por muito tempo. Confesso-Te agora o meu pecado e recebo o Teu perdão, pelosangue de Jesus, derramado para minha completaredenção.Senhor Jesus, naquela cruz estavam os meus pecados. Fui causa da Tua ferida. Teu sofrimento eraresultado das minhas quedas, meus erros, fracassos,meu pecado. Peço-te perdão. Sei que me amas e meaceitas. Sei que me perdoas, Senhor. Teu amor meatraiu e nele quero viver.Pai eu me vejo perdoado e me entregototalmente em Tuas mãos. Venhas agora o TeuEspírito sarando e curando minhas feridas. Aquieto-me na Tua presença e recebo a Tua cura e Tua paz que excede todo o entendimento, em Cristo Jesus,meu Senhor.Levanto as mãos para ti e confesso: com tua graça,sou um perdoador. 

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É isso amados! Agora vá para casa e perdoe para que você possa morar no céu!
Até a próxima!
Claudinho Santos